O Movimento União Brasil Caminhoneiro precisa torcer para que a indignação da categoria seja maior que o apoio que entidade vem recebendo. O coordenador do movimento, André Felisberto, tinha anunciado o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e donos de postos. No entanto, às vésperas da manifestação, essas categorias indicam que não irão além que um gesto solidariedade. Mesmo assim, Felisberto disse que a paralisação deve atingir 80% dos 280 mil veículos de transportes do Estado.
A coordenação do MST informou que não vai participar diretamente de nenhuma manifestação dos caminhoneiros. A entidade disse que é solidária ao protesto contra o pedágio, que, segundo a coordenação estadual do movimento, prejudica todo mundo, inclusive os pequenos produtores.
Quanto aos postos de combustíveis, o próprio André Felisberto admite que não haverá adesão total. "Muitos postos estão com dívidas de caminhoneiros, por isso eles querem que o movimento dê certo para receber estes produtos", disse Felisberto. Há dez dias, Felisberto disse que os postos estavam deixando de comprar diesel. "Mas o recente aumento da margem de lucro do diesel, tornou-se uma ilusão de que o dono de posto vai ganhar mais. Mas o caminhoneiro está quebrado e não pode pagar as dívidas", afirmou.
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Além da falta de apoio, os caminhoneiros vão ter que enfrentar o repúdio do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Paraná (Sindicam) e da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná (Fetranspar). O presidente da Fetranspar, Walmor Weiss, disse que a entidade não apoia a paralisação por entender que o movimento é político. "Não vamos ser boi de piranha nessa briga", avisou.
Leia mais em reportagem de Israel Reistein, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado