A Copel está comprando energia elétrica da Companhia de Interconexão Energética (Cien), subsidiária da multinacional espanhola Endesa, que atua na Argentina, para vendê-la mais barato para honrar contratos com empresas aqui no Brasil. A energia da Cien está sendo comprada por US$ 28,50, que hoje corresponde a R$ 88,35 o Megawatt e está sendo vendida por R$ 73,36 o MW/h.
A notícia veio a público por intermédio do senador Roberto Requião (PMDB), que contesta a operação. ''O mais grave é que a Copel está antecipando uma operação de venda de energia, para a Celesc, por um valor inferior ao que está pagando na Argentina'', disse. A Copel comunicou ao mercado que está vendendo energia para a Celesc, de Santa Catarina por R$ 75,00 o MW.
Ao contrário do que diz a Copel, Requião lembra que a empresa não é obrigada a vender imediatamente a energia excedente. Ele atribui a pressa em se desfazer da produção à pressão de diretores da empresa que ''têm apenas 90 dias para concluir seus mandatos e querem beneficiar a Tradener, empresa intermediadora na compra e venda de energia da Copel, que tem comissão garantida em qualquer operação comercial da Copel''.
Leia mais:
Uber defende no STF que não há vínculo de emprego com motoristas
Da tradição do café ao cinema: os ciclos da economia de Londrina
Concessão de rodovias no Paraná recebe quatro propostas; leilão nesta quinta
Confira o funcionamento do comércio de rua e shoppings durante o aniversário de Londrina
No material divulgado por Requião, ele inclui cópia do contrato entre a Copel e a Tradener, onde destaca a Cláusula 52 que trata da comissão da empresa intermediadora. A cláusula diz que a Tradener deve ser ressarcida em 2% do valor da operação, mesmo que a comercialização direta de compra ou venda não seja realizada com a sua intermediação.
» Leia mais na edição da Folha de Londrina desta quinta-feira.
Acompanhe esta notícia e outras relacionadas a este assunto no serviço WAP e SMS dos celulares da Global Telecom.