O deputado federal e ex-ministro da Economia Delfim Neto (PPB) afirmou hoje em Curitiba que o Brasil pode conseguir uma taxa de crescimento próxima de 6% do Produto Interno Bruto em 2001. Acima portanto dos 4% projetados pelo governo para o ano de 2000. Mas para isso o ex-ministro prega uma mudança na política econômica.
"O governo precisa reduzir as taxas de juros reais e oferecer condições para que os empresários brasileiros concorram no mercado externo", afirma.
Delfim Neto participou de um debate no Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), em Curitiba. Ele alertou que as taxas atuais de crescimento da economia não oferecem condições para o combate à pobreza.
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Para o deputado, com juros reais de 8% e um superávit primário de 2% nas contas públicas o crescimento da economia já seria de 4% ao ano. Atualmente, a taxa de juro básico determinada pelo Banco Central está em 16,3%. Os juros reais estão acima de 25%.
"Os neocolonizados (como o deputado chama os responsáveis pela política econômica brasileira) dizem que o País não pode crescer rápido porque isso aumentaria a inflação, o que é um equívoco", opina. "O mérito do plano Real foi desmontar o sistema que mantinha a inflação, isso não acontecerá mais."