A negociação de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) só será efetuada se o governo assim desejar, afirmou Alexandre Schwartsman, em resposta ao senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que questionou se o Brasil vai renovar ou não acordo com aquele organismo. Indicado para o cargo de diretor do Banco Central, o economista foi argüido nesta terça-feira (30) em reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
De acordo com o economista, o Brasil tem condições hoje de rejeitar um acordo com o FMI, pois "está maduro o suficiente para decidir o que vai fazer, sem precisar que alguém lhe diga o rumo que deve seguir". Em sua opinião, porém, o Brasil poderá fechar um novo acordo por questão de prudência e precaução.
- Acho que ainda há benefícios a recolher de um acordo com o Fundo. O país tem se mostrado saudável e responsável, mas como qualquer pai de família, podemos considerar o acordo com o FMI como um seguro de saúde, em que o Brasil pagaria para ter uma certa garantia e tranqüilidade. Mas o acordo não é absolutamente necessário - sustentou Schwartsman.