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Especialista considera venda da Copel um "atentado"

Carmem Murara - Folha do Paraná
11 mai 2001 às 10:13

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O membro do Conselho Consultivo do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (Ilumina), Joaquim Carvalho, classificou ontem de "atentado ao patrimônio público" fazer a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Segundo Carvalho, o Estado cometerá um grande equívoco com a venda, pois não conseguirá resolver seus problemas de dívida pública e entregará para a iniciativa privada uma das mais importantes geradoras do País.

Mestre em Ciência da Engenharia com especialidade no setor de Energia, Carvalho falará sobre a privatização da Copel na próxima terça-feira, em Curitiba. Ele participa do Seminário Matriz Energética, que será promovido pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea). O evento reunirá especialistas do setor de energia, no edifício Castelo Branco, no Centro Cívico, segunda e terça-feira.

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Carvalho tem posição clara contra o modelo de privatização para o setor energético adotado pelo governo brasileiro. "É interessante observarmos que nos países desenvolvidos os sistemas hidroelétricos são estatais. Até mesmo nos Estados Unidos, onde quase tudo é privado", afirmou o professor.

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O estado norte-americano controla usinas como a Tenesse Valley Authority, a Boneville Power Company, o Bureau of Reclamations e o US Army Engineering Corps. "As hidrelétricas têm fortes implicações ambientais. Elas requerem planejamento integrado e operação centralizada", disse Joaquim Carvalho, que também atua como consultor em energia.

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No Brasil, a capacidade instalada do parque gerador é de 70 mil megawatts, sendo que 85% é hidroenergia. A capacidade instalada do sistema elétrico norte-americano é de 850 mil megawatts, dos quais apenas 10% são aproveitamentos hidrelétricos.


Uma das críticas do consultor é quanto ao comportamento dos grupos privados que já abocanharam parte do sistema elétrico nacional sem dar qualquer contrapartida. Ele lembra que os investimentos em geração foram insuficientes para garantir a expansão. "Investir em geração conflita com a meta empresarial de maximizar os lucros para remetê-los aos acionistas", afirmou.

Ele prevê que haverá aumento das tarifas nos próximos anos. "Com a desregulamentação, a partir de 2003, nossa tarifas vão subir muito, pois serão empurradas para cima pelos custos de geração das termelétricas a gás natural", disse.


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