O governador Roberto Requião (PMDB) quer abrir um canal de negociação com as montadoras de automóveis instaladas no Paraná.
O governador não concorda com o baixo índice de nacionalização das peças utilizadas na produção dos carros, de 2% segundo ele.
''Por causa dessa situação, as importações cresceram mais do que as exportações. E o Paraná perdeu moeda.
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O resultado concreto é absolutamente trágico'', disse o governador, durante o encontro com proprietários de jornais, rádios e tevês, nesta quinta-feira, em Curitiba.
As montadoras estrangeiras foram atraídas para o Paraná pela política de incentivos fiscais do governo Jaime Lerner (PFL).
A gestão anterior ofereceu dilação (adiamento) do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por até 26 anos.
Requião disse que está disposto a manter parte dos benefícios, desde que as montadoras se comprometam a negociar maior índice de nacionalização.
''Temos uma negociação a ser aberta'', afirmou o governador.
A Assessoria Especial do Governador está debruçada sobre o acerto entre o governo do Paraná e a francesa Renault, neste momento.
''Há necessidade de se otimizar a relação entre as indústrias do pólo automobilístico, governo e trabalhadores'', disse o assessor especial de Governo, Daniel Godoy.
''Falta integração, falta explorar mais a capacidade produtiva do setor'', acrescentou.
De acordo com Godoy, o governo estuda como ficará sua participação acionária na Renault, que foi reduzida paulatinamente de 31,72% para 4,24%.
A assessoria de imprensa da Renault informou que a empresa não vai se manifestar sobre o assunto.