O agricultor Jucélio Roberto Marcolino, 35 anos, faz cara feia quando perguntam sobre as estradas de terra que levam à sua pequena propriedade. Vive desde que nasceu na região da Fazenda Cascata, no Distrito Maravilha (zona sul de Londrina).
Ele diz que não lembra de ter visto a estradinha do Barro Preto, que liga as propriedades da região à Usina Três Bocas, de modo tão lastimável como agora. É a dramática situação das estradas rurais de Londrina, que, castigadas pela chuva e pela falta de conservação, estão levando preocupação aos produtores rurais do município.
Especialmente para o escoamento da produção do milho, que começa a ser colhido agora, e da soja, que deve começar a ser colocada nas carretas em poucas semanas.
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A chuva colaborou para deixar o caminho do Barro Preto, de quatro quilômetros, tal qual um percurso de rali: são pelo menos quatro pontos em que pequenos automóveis, e mesmo caminhões e camionetes carregados, não conseguem passar sem o sacrifício de um pneu, um escapamento ou uma suspensão.
"Tenho quatro ou cinco pneus novinhos no meu rancho", revela Marcolino. "Todos eles eu perdi por aqui, nos buracos."
Além dos RS 250 do custo de cada pneu, também há o gasto adicional com gasolina que os produtores da área estão tendo que desembolsar.
Por isso, para se desviar do trajeto do Barro Preto, estão usando a Estrada do Ribeirão Gaviãozinho, que liga a área até a sede do distrito. De lá, pegam o deteriorado asfalto até a Usina Três Bocas.
Outro produtor local, Cláudio Aparecido de Souza, 36 anos, calcula que são nove quilômetros a mais para chegar no Três Bocas. E são, no mínimo, três viagens de ida e volta por semana, até o Ceasa, para a venda dos produtos. ''Parece pouco, mas no fim do mês é muito para a gente'', reclama.
Leia reportagem completa na edição deste domingo da Folha de Londrina.