A Renault retoma a produção normal na fábrica de São José dos Pinhais, em Curitiba, na próxima segunda-feira, após um período de cinco dias de paralisação. Com o retorno de 810 metalúrgicos, a fábrica mantém os dois turnos de trabalho para a produção de 325 carros. A adoção do primeiro turno e a redução da produção para 275 carros, que deu origem à paralisação dos trabalhadores na semana passada, serão adotadas a partir do dia 16 de setembro.
Nesta sexta-feira, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Núncio Manalla, entregou uma correspondência convocando a Renault e órgãos do governo estadual e da Prefeitura de São José dos Pinhais para uma mesa redonda na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) na próxima quarta-feira, dia 21 de agosto. Os metalúrgicos querem que a Renault especifique realmente o que pretende fazer com os trabalhadores.
De acordo com o sindicalista, a montadora anunciou um programa de Demissão Voluntária (PDV), suspenso em seguida, e a redução da produção para apenas um turno de trabalho, sem dar detalhes aos trabalhadores e aos sindicatos. O sindicato quer saber ainda, junto à DRT, o que a Renault pretende fazer em relação à demissão de trabalhadores com suspeita de doenças profissionais. Com a concentração do trabalho num único turno, a tendência é de elevar a incidência dessas doenças, disse Manalla.
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Antes da adoção do turno único de trabalho, o sindicato quer discutir alternativas para as demissões já anunciadas pela empresa como o encaminhamento dos trabalhadores para férias coletivas, ou a adoção de turnos alternados de trabalho.