As geadas que caíram nesta quinta-feira sobre o sul, centro-sul e sudoeste do Estado foram de fraca a moderada intensidade.
Com exceção do feijão, que pode ter sido atingido, não houve prejuízos significativos às lavouras dessas regiões.
De acordo com levantamento feito pelo Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura (Deral), o milho safrinha, principal cultura nessas regiões, não chegou a ser atingido a ponto de prejudicar o resultado da produção.
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A região mais prejudicada, segundo o Deral, foi a de Francisco Beltrão, no Sudoeste.
A temperatura caiu próxima de três graus Celsus e foram registradas geadas nas áreas de baixadas.
Cerca de 78 mil hectares estão ocupados com o plantio de milho safrinha e 35% dessas lavouras estão suscetíveis a perdas, afirmou a engenheira agrônoma do Deral, Vera Zardo.
Até agora, o milho safrinha continua com boas perspectivas de produção. O Deral estima que serão colhidas 4,16 milhões de toneladas do grão.
Cerca de 80% da produção estão concentrados em regiões não atingidas pelas geadas como o norte, oeste e centro-oeste.
O mercado de feijão não chegou a ser abalado com a ocorrência de geadas no Paraná.
Segundo o corretor Marcelo Luders, da Correpar, nesta quinta-feira a saca do feijão carioquinha estava cotado a R$ 90,00 e a do feijão preto, a R$ 67,00 no interior do Estado.
Se houve geadas nas regiões produtoras, elas não chegaram a ser intensas. Além disso, quase 50% do feijão da segunda safra já foram colhidos e o que ficou na lavoura já está praticamente formado, portanto mais resistente a perdas, disse o corretor.
As hortaliças também não tiveram perdas por causa das geadas. De acordo com o técnico do Deral Maurício Lunardon, está havendo um aumento nos preços desses produtos na Ceasa de Curitiba, que pode estar sendo disseminado para as demais regiões do Estado.
Mas ele atribui essa alta ao período do inverno em que normalmente cai a oferta desses produtos. De um lado, os produtores deixam de plantar produtos mais suscetíveis a perdas como chuchu, abobrinha e tomate.
De outro lado, a queda de temperatura já afeta o ciclo da planta e cai a oferta desses produtos no mercado, explicou.