Cerca de 1,2 mil funcionários de fornecedores de autopeças para a montadora de veículos Audi/Volkswagen, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), entraram em greve por tempo intedeterminado. Eles não começaram a trabalhar no turno das 7 horas. A linha de produção da fábrica não foi parada devido a existência de peças em estoque. Mas se a manifestação continuar, é possível que a fábrica da Audi paralise a produção.
A greve dos metalúrgicos atingiu todas as 10 empresas que fazem parte do condomínio industrial da Audi. As fornecedoras de autopeças funcionam junto com a montadora. Elas são responsáveis pelo fornecimentos desde para-choques até luminárias, passando por cabos elétricos e pneus para veículos produzidos na unidades de São José dos Pinhais. Os trabalhadores exigem a definição de um piso salarial de R$ 440,00 por mês e reajuste de 10% para voltarem ao trabalho.
A data-base da categoria é 1º de outubro, mas até hoje as empresas não tinham apresentado propostas de reajuste, segundo o secretário da Força Sindical no Paraná, Nuncio Mannala. "Apenas os fornecedores da Audi entraram em greve porque não há como negociar com essa empresa", diz.
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O Sindicato dos Fornecedores de Peças para Indústria Automotiva (Sindipeças) sugeriu um reajuste de 7% e um piso salarial de R$ 380,00. Os metalúrgicos não aceitaram. "Vamos esperar uma contra-proposta das empresas, o que se pode dizer é que sem acordo em menos de uma semana a Audi pára por falta de peças", anuncia o diretor sindical.
No mês de outubro os funcionários da Audi fizeram greve por quase uma semana devido a falta de acordo para o índice de reajuste salarial. Os fornecedores da Renault, outra grande montadora da região metropolitana de Curitiba, reajustaram os salários dos trablhadores em 10% no mês passado. "Algumas empresas que fornecem à Renault já pagam piso de R$ 500,00, auxílio educação e outros benefícios", afirma Nuncio.