O governo quer que o reajuste médio das tarifas de telefonia fixa não ultrapasse 17,24% este mês, percentual equivalente ao IPCA dos últimos 12 meses (até maio).
Os valores restantes, para completar os 28,75% aos quais as concessionárias têm direito pela fórmula do contrato, baseada no IGP-DI, seriam aplicados entre dezembro ou janeiro próximos.
Segundo o presidente da Sercomtel, concessionária municipal de telefonia fixa de Londrina (PR), Francisco Pereira, o governo "demonstrou um sentimento" de que quer evitar um impacto grande na inflação deste ano.
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Para isso, no entanto, as empresas precisariam concordar em dividir o reajuste anual, aplicando agora apenas o IPCA.
Se as concessionárias acertarem o parcelamento do reajuste nas negociações com a Anatel como quer o governo, o impacto do aumento das tarifas dos serviços de telefonia fixa no índice oficial de inflação (IPCA) ficará em aproximadamente 0,5%.
A previsão do governo era a de que o impacto do reajuste sobre a inflação ficaria acima de 1% com a aplicação do IGP-DI (30,05%) menos o redutor de produtividade (1%) de uma só vez.
O superintendente de Serviços Públicos da Anatel, Marcos Bafutto, recebe durante toda a tarde desta segunda-feira representantes das empresas em reuniões separadas. Nesta terça, uma nova rodada de negociações está marcada para às 11h, dessa vez com todas as concessionárias.