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Greve de funcionários do HSBC dura menos de duas horas

Luciana Pombo - Folha de Londrina
12 abr 2002 às 17:41

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Confronto entre a polícia e bancários às 06h30 desta quarta-feira, em Curitiba - Julio Covello - Divulgação
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A greve dos funcionários do HSBC durou menos de duas horas nas principais cidades brasileiras. Em Porto Alegre (RS), sindicalistas foram presos e as agências bancárias liberadas. Em Curitiba, a Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 6h30 desta sexta-feira e retirou os manifestantes que estavam em frente aos centros administrativos do Xaxim, Kenedy e Vila Hauer e na agência central do Palácio Avenida.

''Para não ser preso, eu disse que não iria resistir. Eles (os policiais militares) mostraram mandados com dias atrasados e se submetiam às orientações do diretor de segurança do HSBC, Paulo Polesi'', reclamou o sindicalista José Daniel Farias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana.

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O HSBC conseguiu na Justiça Comum interditos proibitórios que impedem os sindicalistas de realizarem paralisações ou manifestações no Paraná. O Sindicato dos Bancários entrou com um recurso no Tribunal de Justiça, enviando um parecer do Ministério Público do Trabalho, assinado pelo promotor Ricardo Bruel da Silveira, que diz que o assunto tem que ser discutido na área do trabalho.

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''Seguimos completamente a lei de greve e o banco não quis negociar. Ele se valeu mais uma vez da polícia'', reclamou ele. Nos municípios de Apucarana, Umuarama, Assis Chateaubriand e Guarapuava, a Polícia Militar também foi acionada para cumprir as decisões judiciais.

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Farias denunciou ainda que o HSBC teria obrigado funcionários a ficarem nos centros administrativos durante toda a noite e madrugada, para garantir o funcionamento normal no dia seguinte. ''Isso é cárcere privado. Vamos denunciar'', disse.


Os sindicalistas afirmam que o banco não pagou a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e apenas 30% das agências receberam do Programa de Participação de Resultados (PPR). A parcela teria que ser paga no dia 1º de março.

A assessoria de imprensa do HSBC classificou o movimento grevista como fracassado. A direção acredita que a tentativa de greve teve motivação política. O banco esclareceu que o banco teve um lucro de R$ 93,6 milhões no primeiro semestre e prejuízo de R$ 13,1 milhões no segundo semestre. Desta forma, o lucro líquido teria sido de R$ 80 milhões. A PRL, que prevê repasse de 15% do lucro líquido para os funcionários do banco, teria sido cumprida no primeiro semestre.


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