O índice de Preços ao Consumidor (IPC) que mede o custo de vida em Curitiba, registrado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), aumentou 0,31% no mês de junho, que contribuiu para um resultado acumulado de 2,33% no primeiro semestre do ano. O resultado de junho é inferior ao índice de maio, que foi de 0,45%. O índice do custo de vida do mês passado ainda não captou o reajuste das tarifas públicas, transporte e combustível, que está pesando no bolso dos trabalhadores.
A variação ocorrida nesse primeiro semestre está 0,39% superior ao do mesmo período no ano passado, que mediu 1,94%. Nos últimos 12 meses, considerando junho de 2000 a junho de 2001, o índice acumulado da inflação foi 6,64%, contra 6,23% no ano passado.
Contribuiu para o aumento de preços em junho o aumento com despesas pessoais, com alta de 1,55% e vestuário, com aumento de 2,06%. Nas despesas pessoais, os maiores aumentos foram impulsionados pelo reajuste no salário da empregada doméstica, em função do salário mínimo (4,88%), brinquedos e jogos (7,62%), jornal diário (15,42%) e revelação fotográfica (16,26%).
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Já os setores de Alimentos e Bebidas e Saúde e Cuidados Pessoais contribuiram para pressionar o IPC para baixo. Foram registradas fortes baixas como a batata inglesa (-15,57%), tomate (-21,57%) e banana caturra (-24,96%). Em compensação, feijão preto registrou alta de (20,64%) e leite (1,77%).
A expectativa para o índice de inflação para os meses de julho e agosto é de alta. Segundo o presidente do Ipardes, Paulo Melo Garcia, o IPC de julho já começa com 0,46%, considerando os aumentos de telefone, luz e transporte urbano. Se os reajustes no preço dos combustíveis e do gás de cozinha se sustentarem nos patamares anunciados, o índice vai a 0,63%, explicou. Em julho do ano passado, mês que registrou os reajustes mais significativos de 2000, o IPC em Curitiba foi de 2,1%.
No acumulado de janeiro a junho desse ano, os produtos que tiveram a maior alta foram o feijão preto, cujo reajuste foi de 71,22%, o leite pasteurizado (29,91%), hortaliças e verduras (37,14%) e farinha de trigo (24,59%). Os índices que registraram as maiores baixas no semestre foram passagens de avião (-19,37%), bolsa feminina (-15%), álcool combustível (-14,83%) e gasolina (-9,29%).