O Ministério Público do Trabalho notificou a direção do Banco Itaú a explicar as demissões em massa que estão ocorrendo no Banestado, comprado recentemente pelo grupo Itaú. A notificação foi feita na sede do Itaú, em São Paulo, na tarde de ontem. A iniciativa da Justiça do Trabalho foi considerada uma vitória pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba, que vem coordenando várias manifestações contra as demissões promovidas pelo Itaú, junto aos bancários do Banestado.
Outro embate entre o Itaú e os funcionários do Banestado na Justiça do Trabalho ocorreu ontem na audiência de conciliação na 16ª Junta de Conciliação, em Curitiba. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, José Daniel Farias, não houve acordo entre as partes na discussão da legalidade do banco de horas em substituição ao pagamento de horas-extras. Esse sistema foi implantado de forma unilateral pelo Itaú, sem discutir com o sindicato, disse.
Com a falta de acordo, foi marcada uma audiência de julgamento do mérito para o dia 6 de julho. Farias lamenta que o Itaú vai "aproveitar a morosidade da Justiça" para fazer mais demissões. O Itaú já dispensou 85 funcionários do Itaú, mas o sindicato calcula que as demissões chegam a mil incluindo os funcionários das empresas terceirizadas.
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Hoje, o Sindicato dos Bancários amplia as manifestações contra o desemprego no setor, incluindo também o Unibanco, que demitiu 22 pessoas desde novembro, quando comprou o Banco Bandeirantes.