Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Estudo do IBGE

Menos de 40% das empresas nascidas no Brasil sobrevivem após cinco anos

Folhapress/Leonardo Vieceli
22 out 2021 às 17:25
- iStock
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Menos de 40% das empresas criadas no Brasil conseguem sobreviver após cinco anos de atividades, indicam dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


O resultado integra a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, que reúne números até 2019. Ou seja, o estudo ainda não reflete os impactos da pandemia de coronavírus, que trouxe uma série de dificuldades para os negócios a partir de 2020.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Segundo o IBGE, apenas 37,6% das empresas nascidas em 2014 –207,5 mil do total de 551,3 mil– conseguiram permanecer no mercado cinco anos depois, em 2019. Trata-se do indicador conhecido como taxa de sobrevivência.

Leia mais:

Imagem de destaque

Abelhas ajudam na produtividade da soja, indicam estudos da Embrapa

Imagem de destaque
Muito alto

Jardim Bela Suíça ganha prédio comercial com 14 andares

Imagem de destaque
Agora vai

Mega-Sena acumula pela 7ª vez e premiação vai a R$ 110 milhões no sábado

Imagem de destaque
VEJA A LISTA

Paraná: prazo da 2ª parcela do IPVA para veículos com final de placa 9 e 0 termina na sexta


Conforme a pesquisa, há uma correlação entre a permanência no mercado e o tamanho das empresas. Quanto maior o porte da companhia, maior é a taxa de sobrevivência.

Publicidade


Os números do estudo ilustram isso. Apenas 32,1% das empresas nascidas em 2014 sem assalariados conseguiram seguir em atividade cinco anos depois, em 2019.


Nesse tipo de negócio, somente uma pessoa é responsável por todo o processo de operação, sem a participação de empregados.

Publicidade


As companhias com 10 trabalhadores ou mais registraram o dobro do percentual. Nessa faixa, 64,5% das empresas criadas em 2014 conseguiram sobreviver até 2019.


"Essas empresas têm uma resiliência maior para sobreviver por mais tempo. Geralmente, são elas que contam com mais capacidade de acesso a crédito, por exemplo", avalia Thiego Gonçalves Ferreira, gerente da pesquisa do IBGE.

Publicidade


O pesquisador ainda chama atenção para as diferenças entre os setores da economia. No segmento de saúde e serviços sociais, a taxa de sobrevivência das empresas nascidas em 2014 foi de 59,6% em 2019.
É a maior marca entre as atividades analisadas pelo IBGE. Hospitais fazem parte desse ramo.


Enquanto isso, no setor de outras atividades de serviços, o percentual de sobrevivência no mesmo período foi bem inferior, de 31,8%. É a menor marca entre as atividades. Esse segmento, explica Ferreira, reúne negócios diversos, muitos deles de menor porte.

Publicidade


"O tamanho das empresas é uma das condições determinantes para a taxa de sobrevivência. O setor também tem uma contribuição para isso", reforça.


A pesquisa do IBGE indicou que, em 2019, o país somou 4,7 milhões de empresas, que empregavam 39,7 milhões de pessoas, sendo 33,1 milhões (83,3%) como assalariadas e 6,6 milhões (16,7%) na condição de sócias ou proprietárias.

Publicidade


Após cinco anos no vermelho, o saldo de empresas, que mede a diferença entre a entrada e a saída de negócios do mercado, voltou a ser positivo em 2019.


O saldo foi de 290,9 mil negócios. Reflete a diferença entre o ingresso de 947,3 mil e a retirada de outros 656,4 mil.


A economia brasileira passou a emitir sinais de fragilidade em 2014, e a crise se intensificou em 2015 e 2016. A volta do crescimento entre 2017 e 2019, mesmo em nível insuficiente para reparar todas as perdas da recessão, pode ter contribuído para a retomada do saldo positivo de empresas, diz Ferreira.


Com a chegada da pandemia, em 2020, os negócios mais prejudicados foram os de menor porte, aponta o pesquisador. Contudo, ele diz que ainda é preciso aguardar para dimensionar todos os efeitos da Covid-19 na demografia das empresas brasileiras.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade