O Porto de Paranaguá movimentou 13,2 milhões de toneladas nos seis primeiros meses deste ano, um resultado 32,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado - que fechou com 10 milhões de toneladas. Caso esse ritmo se mantenha, o porto chegará ao final do ano com um movimento total de 24 milhões de toneladas, o que representará um novo recorde de resultados, segundo o diretor técnico do porto, Luis Ivan de Vasconcellos. Em 2000, Paranaguá movimentou 21,3 milhões de toneladas.
O acréscimo de 3,2 milhões de toneladas verificado no primeiro semestre deste ano foi puxado principalmente pelo aumento dos chamados granéis sólidos - soja, milho, cevada, açúcar e fertilizantes. De janeiro a junho, só esse segmento foi responsável pela movimentação de 9,5 milhões de toneladas, contra 6,6 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado.
Para Luiz Ivan Vasconcellos, além do incremento significativo de produtos industrializados, os resultados do comércio exterior do Paraná se devem também a maior profissionalização no setor agrícola. "O produtor paranaense está podendo aproveitar melhor as oportunidades abertas pela demanda mundial", analisa. "Prova disso é que o Estado passou de importador a exportador de milho", observa. Nos primeiros seis meses foram enviadas ao exterior 1,7 milhão de toneladas do produto, contra 18 toneladas do ano passado. "A expectativa é exportar até 3 milhões de toneladas neste ano", diz Vasconcelos.
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A exportação de soja cresceu cerca de 15%. Foram exportadas 3,1 milhões de toneladas, contra 2,7 milhões registradas no mesmo período do ano passado. O embarque de farelo aumentou em 20% - passando de 2 milhões de toneladas (em 2000) para 2,4 milhões de toneladas.
Na movimentação de carga geral, que inclui madeira, congelados, açúcar em sacaria, celulose, papel e cerâmica, o crescimento foi de 33%. Este ano, de janeiro a junho, foram movimentados 2 milhões de toneladas contra 1,5 milhão de toneladas verificadas no mesmo período do ano passado.
Já a importação de fertilizantes caiu em 10%. Nos primeiros seis meses deste ano foram importadas 1,1 milhão de toneladas do produto, contra 1,2 milhão do ano passado. A previsão de Vasconcelos é que a importação de fertilizantes repita o desempenho de 2000, que foi de 3,8 milhões de toneladas.