O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse na manhã desta segunda-feira, em entrevista ao programa "Bom Dia Brasil", da TV Globo, que no momento é natural o debate sobre crescimento e de combate à inflação.
Segundo o ministro, "é natural, neste momento, que se pergunte quanto tempo será necessário para dobrar de vez a inflação e criar condições para um crescimento maior, mas é preciso lembrar que saímos de um momento de crise aguda, de inflação alta e de grande Risco Brasil".
O ministro reiterou que as críticas não mudarão a política econômica do Governo Lula, "nem mesmo aquelas vindas de dentro do próprio Governo".
Leia mais:
Concessão de rodovias no Paraná recebe quatro propostas; leilão nesta quinta
Confira o funcionamento do comércio de rua e shoppings durante o aniversário de Londrina
Programa de atualização de imóvel termina na próxima segunda; entenda
Aeroporto de Londrina terá voos diretos para Maceió e Porto Seguro na alta temporada
E disse não considerar as declarações do vice-presidente José Alencar como críticas: "São colocações feitas com muito sal. Não o vi chamar o Banco Central de incompetente, mas reclamar dos juros e do mercado".
Palocci, que é médico, comparou: "As pessoas gostam de falar mal do remédio e não da doença". E acrescentou: "Parece até que o Governo faz juros altos porque gosta, mas estamos diante de uma doença grave, que é a inflação".
Ele lembrou que no ano passado, projetada para 2003, a inflação passava de 30%.
Para o ministro, "ainda há muita remarcação de preço, ainda existem negociações considerando inflação passada e não presente. Se não houver uma ação dura neste momento nós vamos reproduzir a inflação e ela poderá crescer desordenadamente. Isso nós não vamos permitir".