O consumo de frango, porco e outros tipos de carne e do grupo frutas, legumes e verduras também teve queda relevante. Nesses casos, no entanto, também se destaca o percentual de entrevistados que disse ter aumentado a compra desses itens (ver tabela neste texto). Isso pode indicar uma substituição de itens da cesta básica.
Esse fenômeno é percebido melhor na questão dos ovos: 50% das pessoas aumentaram o consumo do produto e 20% reduziram.
O índice de inflação ao consumidor em 12 meses está próximo de 10%, mas a alta da alimentação em domicílio chega a 17%, com destaque para produtos como arroz (33%), carnes (31%), ovos (14%) e leites e derivados (12%).
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De acordo com a pesquisa Datafolha, não há grande diferença entre o percentual de pessoas com redução no consumo de itens alimentícios na abertura por idade ou escolaridade, todos com percentual em torno da média de 85%.
Por faixa de renda, os percentuais são altos mesmo nas famílias com renda acima de dez salários mínimos: 67% relatam ter cortado algum desses produtos. Na faixa até dois salários, são 88%.
Por ocupação, destacam-se abaixo da média os empresários (67%).
O percentual fica em 75% no Sul e 89% no Nordeste. Há diferenças também entre homens (82%) e mulheres (87%); pretos (91%) e brancos (82%); pessoas que avaliam o governo positivamente (73%) e negativamente (89%).
Há 19 milhões de brasileiros em situação de fome no Brasil, segundo dados de 2020 da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan). A comparação com 2018 (10,3 milhões) revela que são 9 milhões de pessoas a mais nessa condição.