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Postos de rodovias pedem socorro

Carmem Murara - Folha do Paraná
10 jan 2001 às 11:13

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Os postos de combustíveis de todo o país esperam até o final do mês resposta do governo federal para aumentar a margem de lucro na venda de diesel, considerada defesada pelo setor. Os donos dos postos alegam que estão trabalhando no vermelho e dizem que se nada for feito ocorrerá uma verdadeira quebradeira. Segundo dados do Sindicato dos Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis), cerca de 400 postos de rodovias decretaram falência ou fecharam as portas no ano passado.

A redução representa em torno de 10% de todos os postos que trabalham às margens das estradas brasileiras. Dos 3,6 mil estabelecimentos que sobreviveram, 50% estariam com sérias dificuldades, alerta o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese.

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O maior problema é a defasagem na margem de lucro adquirida com a venda do diesel. Enquanto o empresário ganha entre R$ 0,10 e R$ 0,12 bruto em cada litro de gasolina ou álcool vendido, no diesel ele ganha R$ 0,7. A margem de lucro está congelada há quatro anos e meio, desde que foram liberados os preços da gasolina e álcool.

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Fregonese explica que nesse período houve uma série de aumentos nas alíquotas de imposto e insumos, sem contar a entrada em vigor da Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (CPMF) e taxas adicionais. O congelamento da margem de lucro vale para todos os postos, o problema é que os estabelecimentos localizados nas rodovias sobrevivem, basicamente, da venda de diesel. Do total de combustível vendido, apenas 10% são gasolina e álcool, enquanto que nos postos urbanos ocorre o inverso.

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Os postos de rodovia têm ainda mais custos em relação aos urbanos. "Eles trabalham com o dobro de funcionários, pois o serviço é muito específico", afirma Fregonese. O presidente do Sindicombustíveis avalia que a solução para amenizar o problema seria elevar a margem de lucro bruto para pelo menos R$ 0,12, equiparando com a gasolina.


Há quatro anos, a margem de lucro era de 21% sobre o litro da gasolina e álcool, enquanto que hoje é de 12%. No diesel, a margem era de 23% até 96 e hoje é de 8%.

O governo federal tem se mostrado receptivo ao pedido do setor de combustíveis, mas ainda não apresentou uma fórmula para resolver o problema. O governo tem duas saídas: ou reduz taxas e impostos ou, então, aumenta o preço do diesel para o consumidor.


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