O futuro presidente da República terá que enfrentar um déficit previdenciário crescente nos setores público e privado. Somente no setor público, que contabiliza as aposentadorias e pensões de civis e militares do governo federal, o déficit líquido soma R$ 26 bilhões. Enquanto o pagamento de benefícios é de R$ 30 bilhões, a arrecadação é de apenas R$ 4 bilhões. Isso sem contar os gastos públicos dos estados e municípios. No ano passado, o setor público nacional gerou um déficit total de R$ 40 bilhões. A previsão para este ano é de aumento de cerca de 10% no valor nominal.
O setor privado também está deficitário. Os índices, no entanto, são menos alarmantes. De janeiro a setembro deste ano, a arrecadação acumulada chega a R$ 48,9 bilhões, cerca de 12,1% a mais do que no mesmo período do ano passado. Se descontada a inflação, a arrecadação teve um crescimento real de 2,5%. ''A arrecadação cresceu principalmente por causa da fiscalização sobre os pagamentos atrasados e o aumento no índice do emprego formal, com carteira assinada'', justificou nesta quarta-feira o ministro José Cechin, que esteve em Curitiba participando do Seminário de Multiplicadores da Desburocratização.
As despesas no setor privado, correspondente aos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foram de R$ 59,9 bilhões com o pagamento de benefícios, o equivalente a um aumento de 16,6% com relação ao ano passado. Descontada a inflação, o crescimento real foi de 6,6%. ''Teríamos um crescimento de despesas, mas não tão significativo. O crescimento desta ordem teve como causa a greve do setor no ano passado'', justificou o ministro. Até agora, o déficit do governo federal com o INSS chegou a R$ 11 bilhões. ''Não temos muito o que fazer para diminuir este déficit. Ele é crescente e estamos fazendo o que é possível'', disse o ministro.
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Cechin disse que somente a reforma da previdência conseguiu poupar este ano um gasto de R$ 13 bilhões com os benefícios pagos pelo INSS. Outros R$ 3,5 milhões por mês estariam sendo economizados com a modernização do instituto e a redução da despesa com as tarifas bancárias. ''Antes mais de um terço do custeio era gasto com tarifas bancárias. Estamos economizando'', complementou.
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