Na avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom), o comportamento mais resistente à queda dos preços ao consumidor revela a existência de persistência inflacionária na economia.
Nesse sentido, importantes grupos da cesta de consumo tem apresentado forte elevação mensal de preços, ainda que em ritmo de desaceleração, como bebidas, enlatados e conservas, artigos de limpeza, móveis e utensílios, e artigos de higiene pessoal.
De acordo com a ata da última reunião, na semana passada, "essa persistência da inflação tem origem nos reajustes de preços e salários ocorridos dese o início do ano, com base na elevada taxa de inflação acumulada nos últimos doze meses e não na sua projeção futura".
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O Copom entende que a política monetária "não deve sancionar reajustes de preços e salários baseados na inflação passada, dado o risco de se perpetuar a inflação em patamares elevados".
Mas começa a ver sinais positivos da política monetária no combate à inflação.
Na ata, os integrantes do comitê, assim como os analistas econômicos estimam que a queda da inflação está em direção à trajetória de suas metas: as perspectivas favoráveis apostam na persistência temporária da inflação e no reflexo positivo da recente valorização cambial na dinâmica dos preços.
Segundo a ata, com a permanência da inflação alta, ainda é prematuro concluir que a persistência inflacionária esteja definitivamente em queda e que o efeito da valorização cambial sobre os preços seja significativo.
Nesse sentido, o Comitê entende que a consolidação da queda depende da manutenção do esforço no combate à inflação.