As cinco maiores cidades da RML (Região Metropolitana de Londrina) tiveram um aumento no número de pessoas empregadas em julho pelo segundo mês consecutivo, apesar de Londrina ter registrado mais desligamentos que contratações no período. A análise é do Nupea (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas) da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), feita sobre os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta sexta-feira (21).
O estudo da UTFPR leva em consideração os níveis de empregos nas cidades de Londrina, Cambé, Rolândia, Ibiporã e Arapongas – juntas, elas respondem por 82,2% da população total e 86,4% do PIB da RML.
Segundo o último levantamento, os cinco municípios, juntos, tiveram um saldo positivo de 1.386 postos de trabalho – no mês de julho, foram 7.512 contratações e 6.126 desligamentos. Londrina, entretanto, foi a única com saldo negativo: com 3.656 contratações e 3.691 desligamentos, o saldo foi de 15 vagas de trabalho fechadas.
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Os setores que mais demitiram em Londrina são justamente os segmentos mais fortes da economia londrinense o comércio, com 33 postos de trabalho fechados em julho, e o setor de serviços, com 333 desligamentos a mais que contratações. O levantamento ressalta o prejuízo da pandemia do novo coronavírus para a educação particular: dos 333 desligamentos, 236 ocorreram na área de educação.
Já a indústria e a construção civil reduziram o saldo negativo do município, respectivamente, com 161 e 142 contratações a mais que demissões.
O setor industrial, aliás, foi o principal empregador nas cinco cidades, com 1.412 postos de trabalho abertos. Quase a metade das vagas foram criadas em Arapongas (676), seguida por Rolândia (423), Londrina, Cambé (105) e Ibiporã (47).