As cooperativas e empresas que comercializam a safra de grãos cumpriram o acordo firmado na semana passada com a Secretaria dos Transportes. Os primeiros resultados puderam ser vistos ontem na BR-277, rodovia que dá acesso ao Porto de Paranaguá. Não havia mais fila de espera. Alguns caminhões ficavam parados por poucas horas, numa extensão máxima de 4 quilômetros, até que houvesse a liberação do pátio de estacionamento.
Pela manhã, eram 388 caminhões no pátio e à tarde eram 520 num espaço que tem capacidade para abrigar até 1,5 mil carretas. No estacionamento, os motoristas esperam até receber a ordem para descarregar. A agilização no desembarque da soja e do milho depende da atracação de navios e do tempo de enchimento dos porões.
Estavam atracados ontem três navios para serem abastecidos com farelo de soja e um para milho. No início da manhã, zarparam dois navios com soja em grão e um com milho. Outros nove graneleiros aguardam ao largo uma vaga para carregar a safra.
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O trabalho no Porto está sendo feito durante 24 horas. Somente no feriado de Páscoa foram embarcadas 388 mil toneladas de soja e milho. Foi uma das maiores movimentações dos últimos anos no corredor de exportação. O trabalho contínuo permitiu desafogar a BR-277 e atender a 4.624 caminhões. Os motoristas já estão em retorno para o interior do Estado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, de onde trarão novas cargas. Ontem pela manhã era intenso o movimento de descida de caminhoneiros em direção ao porto.
Desde o início do ano, Paranaguá embarcou 1,48 milhão de toneladas de soja em grão, contra 934,2 mil toneladas no ano passado. Os navios carregaram 1,16 milhão de toneladas de farelo de soja, sendo que na safra passada tinham sido 909,1 mil, no período. Os números do milho são mais díspares. Até agora 823,4 mil toneladas foram exportadas, contra apenas 18 toneladas no ano passado. O volume de soja e milho é 77,8% superior a 2000.