As cooperativas paranaenses, empresas e produtores assumiram ontem o compromisso de segurar a produção de soja e milho no interior do Estado até que diminua a fila de caminhões nas rodovias que dão acesso ao Porto de Paranaguá. A decisão foi tomada no início da noite, em uma reunião que se estendeu por toda a tarde. Estiveram presentes administradores dos terminais privados, federação dos transportes, sindicato de caminhoneiros, governo do Estado, porto, polícias militar e rodoviária e Ecovia (concessionária da rodovia).
A restrição ao carregamento na origem foi um dos pontos de maior discussão, pois representa reduzir a velocidade da colheita. Por outro lado, melhora a situação dos caminhoneiros. ""Caminhão virou armazém e isso não dá para continuar"", afirmou ontem o secretário dos Transportes, Nelson Justus, um dos participantes da reunião. Segundo informações do Porto de Paranguá, há uma programação para descarga da safra, em Paranaguá, que não está sendo cumprida pelas empresas que transportavam os grãos. A intenção agora é que sigam um cronograma.
Outra medida polêmica e que deve gerar conflito entre os motoristas é a retirada da fila dos caminhões que transportam carga para os terminais privados. A partir de hoje, uma comissão formada por policiais rodoviários e militares, funcionários da Ecovia, dos terminais privados e do porto vai percorrer a rodovia para fazer a seleção. Essa medida foi definida porque há terminais privados ociosos no Porto a espera de caminhões parados no engarrafamento. Este era o caso ontem da Coamo e da Cotriguaçu.
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As demais definições tomadas na reunião de ontem dizem respeito à segurança e infra-estrutura para os caminhoneiros. O policiamento será reforçado no perímetro urbano de Paranaguá e Curitiba pela Polícia Militar. Haverá ainda um delegado da Polícia Civil designado para atender ocorrências no pátio de triagem. A Ecovia avaliará a possibilidade de instalar banheiros móveis em pontos da estrada.