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Entidades aprovam moção em defesa da carne no Paraná

Redação - Folha do Paraná
08 fev 2001 às 16:00

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Entidades representantivas do setor agropecuário assinaram uma moção de apoio ao governo federal e em defesa do acesso da carne do Paraná aos mercados internacionais. A moção foi redigida durante uma reunião realizada no gabinete da presidência da Assembléia Legislativa.

Os debatedores consideraram que o Canadá teve uma atitude precipitada e irresponsável por não fundamentar a decisão de barrar a carne bovina brasileira em constatações técnicas. O secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Antonio Poloni, colocou os técnicos da secretaria à disposição para acompanhar especialistas canadenses em rebanhos bovinos paranaenses.

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"Vamos mostrar para o mundo que somos competentes na área sanitária. O Brasil deve aproveitar esta fase para reverter a situação a seu favor", disse ele.

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O vice-presidente do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária, Wilson Thiesen, disse que o Brasil importa diversos produtos do Canadá. O Paraná seria o principal importador do sêmen bovino. "Imagine se nós resolvermos bloquear as importações", ameaçou. Os agropecuaristas darão um prazo de uma semana para que haja uma solução para o problema. Caso contrário, eles ameaçam protestos públicos e corte de importações.


O documento redigido no encontro foi encaminhado para o Ministério da Agricultura, Ministério das Relações Exteriores, Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária, Presidência da República e para a embaixada canadense em Brasília. O Congresso Nacional e as Assembléias Legislativas também irão receber cópias.

"Temos que fazer algo urgentemente. Sob pena de perdermos nossas empresas e produtores", afirmou Péricles Salazar, presidente do Sindicato de Indústrias de Carnes e Derivados do Paraná. De acordo com ele, quatro frigoríficos estratégicos do Estado encerraram as atividades e fecharam as portas. São eles: Pérola do Norte (Santo Antonio da Platina), Norte Pioneiro (Jacarezinho), Loanda e Umuarama. "Temos que acabar com as restrições internas e externas. Caso contrário, teremos dificuldades em continuar comercializando no Paraná", disse ele.


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