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Escassez de armazenagem vai depender do escoamento da safra

Vânia Casado - Folha do Paraná
06 fev 2001 às 08:55

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As cooperativas do Paraná já estão apreensivas com a escassez de armazenagem, que poderá criar dificuldades para receber uma safra cheia de milho e soja. Entre as duas safras, deverão ser colhidas quase 16 milhões de toneladas que precisarão passar por armazéns para beneficiamento, limpeza e classificação. As medidas que o governo federal está adotando para apoiar a comercialização de milho depende de armazéns e as dificuldades de armazenagem poderão se agravar, se o escoamento da safra de soja para a exportação não for rápido.

A colheita do milho já está se intensificando esta semana e a preocupação maior virá a partir do mês que vem, quando este processo será interrompido para iniciar a colheita da soja. Os dois grãos passam pelos armazéns e poderá haver problemas de logística entre a recepção de uma safra e o escoamento de outro, disse Flávio Turra, assessor econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

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A preocupação do mercado é com a elevação dos custos de armazenagem. Mas esse problema não deverá ocorrer, disse o superintendente da Companhia Nacional de Abasteciment (Conab-PR), Edmundo Knaut. Segundo ele, o complexo de armazenagem da Conab em Ponta Grossa, com capacidade para 420 mil toneladas, está praticamente vazio e à disposição das cooperativas e produtores que precisarem guardar ou beneficiar a produção.

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Em relação aos custos, Knaut disse que a Conab está com uma planilha de custos bastante realista e está estudando alguns atrativos tarifários. Na tabela da Conab, para esta safra deverá ser cobrado o valor de R$ 0,89 por tonelada/quinzena. O órgão está trabalhando com a hipótese de uma redução nesse valor, considerando que todos os mecanismos de apoio que o governo federal está anunciando para a comercialização de milho, depende de armazenagem. "E a Conab é a grande balizadora desse mercado", acrescentou.

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Tanto a Conab como as cooperativas acreditam que as dificuldades de armazenagem serão localizadas e em algumas regiões. Considerando que serão colhidas quase 16 milhões de toneladas entre a produção de milho e soja, e que cerca de 25% da produção de milho fica retida na propriedade, o volume de grãos que precisa passar por armazéns será inferior à capacidade instalada, disse Flávio Turra, da Ocepar. De acordo com ele, o Paraná tem uma capacidade para armazenar 18 milhões de toneladas, das quais 12 milhões de toneladas são armazéns graneleiros.


Na capacidade de armazenagem do Estado estão incluídos os armazéns das cooperativas que somam 7,5 milhões de toneladas, sendo 6 milhões de toneladas à granel. Como elas devem receber entre 7,5 e 8 milhões de toneladas entre milho e soja, as condições de recebimento estarão apertadas, admitiu Turra. Se o mercado não fluir rápido, as dificuldades devem se agravar no pico da colheita, acredita.

Só a safra de soja é de 8 milhões de toneladas e deve ir para o mercado (exportação). A expectativa é que o escoamento dessa produção seja rápido para que tenha espaço para o milho, disse Turra. Portanto, a dimensão da necessidade de armazéns vai depender basicamente do mercado, insistiu. Segundo ele, as exportações de soja sempre tem liquidez. Este ano, por exemplo que a cotação internacional não está tão atrativa, as exportações devem ser compensadas pelo câmbio valorizado no patamar de R$ 2,00 por dólar. "É claro que esse mercado é muito dinâmico, mas muitos produtores acabam aproveitando o câmbio valorizado para escoar mais rapidamente a produção", disse.


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