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Industrialização da soja pode ser aperfeiçoada

Redação - Folha do Paraná
06 ago 2001 às 20:25

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O programa Paraná Agroindustrial definiu a cadeia produtiva da soja como segmento potencial para atrair investimentos e indústrias com tecnologia de ponta. Os participantes indentificaram na industrialização do produto em proteína da soja e do biodiesel, oportunidades para incrementar o refino da soja, que há anos está estagnada na indústria moageira que só transforma o grão em farelo e óleo bruto.

A industrialização mais refinada seria uma forma de agregar mais valor à produção de soja, sem necessitar de elevar a produção, explicou Nelson Costa, assessor econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e membro do Paraná Agroindustrial. Segundo Costa, o Paraná já está perdendo posição no plantio de soja para a região Centro-Oeste do País, mas têm condições de atrair indústrias de ponta para explorar nichos de mercado, no caso a da proteína da soja, que é um produto bastante valorizado pelas indústrias de alimentos.

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Recentemente a multinacional Bunge anunciou investidos de US$ 100 milhões para produzir proteína de soja na cidade gaúcha de Esteio. O produto é amplamente consumido na fabricação de massas e biscoitos, chocolates e embutidos de carnes. O consumo nacional da proteína de soja está avaliado em 800 toneladas por mês, mas o País tem condições de produzir 2,5 mil toneladas por mês, sendo que o diferencial será destinado para exportações. "O Paraná quer atrair esse tipo de investimento", reforçou Costa.

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Outro produto potencial para investimentos no Estado é a produção de lecitina de soja, indicada para área de cosméticos e dietas. Essas oportunidades detectadas pelo programa Paraná Agroindustrial serão divulgadas para empresários nacionais e internacionais com o objetivo de atrair investimentos para o Estado, afirmou Costa.


O Paraná é o segundo produtor nacional de soja, com uma produção de 8 milhões de toneladas na safra passada. Agora, está empenhado em avançar na tecnologia da industrialização de soja, sem necessidade de buscar mais volume de produção, que esbarra em entraves tributários reclamados pela indústria moageira. "Com o volume de produção disponível é possível partir para o aperfeiçoamento da industrialização", destacou.

A Cotrefal, de Medianeira (75 km a oeste de Cascavel), investiu recentemente R$ 1 milhão na implantação de uma unidade industrial que vai produzir farelo integral de soja, um produto nobre para ração animal.


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