O mercado de commodities, produtos primários de valorização internacional, abriu em alta na Bolsa de Chicago, após dois dias de fechamento em função do atentado de Nova York. A soja teve alta de 2,2% e o milho, 1,7%. As cooperativas que suspenderam os negócios voltaram ao mercado. A cooperativa agropecuária de Rolândia (Corol), espera recuperar os R$ 8 milhões que deixou de arrecadar com a paralisação nos negócios.
A soja foi negociada por US$ 130,63 a tonelada para os contratos fechados em setembro, o que corresponde a um acréscimo de 2,2% sobre a cotação da commoditie, na última segunda feira, que foi de US$ 127,92 a tonelada. Para os negócios fechados em novembro, a cotação fechou em US$ 134,45 por tonelada, que representa um acréscimo de 3% em relação à cotação da segunda-feira. O milho que foi negociado por US$ 85,63 a tonelada na segunda-feira, teve sua cotação elevada para US$ 87,10, um acréscimo de 1,7%.
No Brasil, o aumento na cotação da soja representa um adicional entre R$ 0,30 a R$ 0,50 por saca, o que daria entre R$ 26,30 a R$ 26,50 o preço da saca de soja para o agricultor. O gerente técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, lembra que esses preços podem não se sustentar e o agricultor deve ficar bem atento às informações de mercado para vender a safra.
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Segundo Costa, a alta verificada na Bolsa de Chicago deve ser atribuída mais aos reflexos do relatório do USDA (departamento norte-americano para Agricultura), que vai ser divulgado hoje e traz queda nas expectivas de produção de soja norte-americana, do que ao ataque de Nova York.
O relatório está saindo com dois dias de atraso e traz a redução de quase 5 milhões de toneladas na produção total dos EUA, em relação à previsão inicial. Os EUA deverão colher em torno de 76 milhões de toneladas, quando a previsão inicial apontava colheita de 81 milhões de toneladas.