O Paraná é pioneiro na rastreabilidade do gado de corte. Desde o final de 2000, um grupo de pecuaristas de Guarapuava adota o sistema, que acaba de ser lançado pelo Ministério da Saúde para garantir mais qualidade à carne bovina brasileira. As informações são da Agência Estadual de Notícias.
Auxiliados pela integração que caracteriza a atividade, os produtores anteciparam a meta do governo federal ao organizar um programa de classificação da carne bovina e informam ao consumidor todo o histórico do produto, da origem até o abate.
A iniciativa é considerada pela Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) – órgão responsável pela execução do serviço de sanidade animal e inspeção estadual (SIP) - como referência para todas as etapas da cadeia produtiva da carne. "O pioneirismo é uma qualidade de nossos produtores rurais", destacou o secretário Deni Schwartz. O Paraná foi reconhecido pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), em 2000, como área livre da febra aftosa, abrindo as portas do mercado externo para carnes e derivados produzidos no Estado.
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No ano passado, o Paraná conquistou o certificado internacional de áea livre da peste suína clássica. Em fevereiro, a Secretaria de Agricultura deve participar do grupo de trabalho que vai definir a implantação do sistema de rastreabilidade dos produtos de origem animal no Paraná. O sistema seguirá as normas do Ministério da Agricultura e será a porta de acesso da produção nacional ao mercado europeu a partir do segundo semestre.
Em Guarapuava, quando a carne produzida pelo grupo de pecuaristas que adotou a rastreabilidade chega aos açougues e supermercados da região, o consumidor tem à disposição e em local de fácil consulta informações sobre o sexo, a raça, cruzamentos, sistema de terminação (engorda), idade do animal, nome do produtor e do terminador, peso do animal vivo e da carcaça e rendimento de carne por carcaça, além da espessura e uniformidade da camada de gordura.