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Paraná fecha portas para gado gaúcho

Carmem Murara - Folha do Paraná
08 mai 2001 às 10:33

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O Paraná fechou as portas ontem para a entrada de animais vivos e carne com osso que tenham origem no Rio Grande do Sul. A medida foi adotada ontem às pressas depois da confirmação da existência de focos de febre aftosa no município gaúcho de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. O medo de a doença extrapolar as divisas do Estado e avançar pelo Sul do País fez com que as autoridades sanitárias paranaenses intensificassem ainda mais o apelo para que os pecuaristas vacinem a mais rápido possível os rebanhos de bois e búfalos.

O bloqueio à entrada de carne do Rio Grande do Sul inclui bovinos, bubalinos, suínos, caprinos e ovinos. O transporte de aves está liberado, pois estes tipos de animais não são suscetíveis à doença. A restrição ao trânsito não tem data para terminar, mas só deverá haver relaxamento quando o Ministério da Agricultura anunciar medidas sobre o trânsito de animais procedentes de propriedades gaúchas.

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Além do fechamento da divisa, os técnicos da Secretaria da Fazenda vão vistoriar as fazendas paranaenses que compraram animais do Rio Grande do Sul nos últimos 30 dias. A Secretaria não sabia informar ontem a quantidade de bois que foram adquiridos, mas 1,6 mil cabeças entraram no Estado, desde o início do ano.

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"A Secretaria da Agricultura determinou que eles sejam avaliados nas próximas duas semanas por veterinários oficiais", afirmou ontem o coordenador do Programa de Controle à Febre Aftosa no Paraná, Walter Ribeirepe. Ele disse ainda que o fato de haver uma barreira em Santa Catarina, desde sábado, facilita o controle paranaense. Na prática, a fiscalização no Estado funciona como uma segunda peneira.


O secretário de Agricultura, Antonio Poloni, afirmou ontem que a situação é de muita atenção, mas ele procurou tranquilizar os produtores no Estado. "As autoridades sanitárias catarinenses e gaúchas são bastante rigorosas quanto ao trânsito de animais", afirmou o secretário.

Poloni disse ainda que até a formação da barreira sanitária, os animais de propriedades gaúchas adquiridos por criadores paranaenses recebiam duas doses da vacina contra a aftosa. A primeira era dada ao se chegar à propriedade e a segunda 21 dias depois. O fato de o gado paranaense receber vacinação todos os anos é um fator positivo para impedir o surgimento de focos de aftosa.


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