Os criadores do Paraná não importaram gado do Reino Unido no período de 1988 a 1996. A informação é do médico veterinário Vanderlei Giordani, chefe do Serviço de Defesa Animal da Delegacia Regional do Ministério da Agricultura, em Curitiba. Nesse período o Brasil pode ter sido um dos países que receberam animais importados da Grã-Bretanha, conforme informação do Wall Street Journal. Em função disso, os técnicos do Ministério da Agricultura, em Brasília, começaram a examinar os arquivos de importações.
Segundo Giordani, ele não chegou a receber nenhuma instrução oficial por parte do Ministério da Agricultura, em Brasília. Mas como também viu a informação no jornal, procurou por conta própria informações nos arquivos de importações feitas por criadores paranaenses e não detectou nada desse período. Segundo ele, o Paraná não recebe animais importados do Reino Unido desde 1985, quando foi proibida a importação de animais da Inglaterra.
O presidente da Federação das Associações de Criadores do Paraná (Fepac), Ugo Rodacki, disse que não se recorda de nenhuma importação de bovinos nesse período. Segundo ele, os países da Europa e os Estados Unidos estão muito preocupados com o Brasil no avanço do programa nacional de erradicação de febre aftosa, que em breve poderá colocar à disposição do mercado mundial um rebanho de 160 milhões de cabeças, fato que assusta os países concorrentes.
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Se o Brasil tiver acesso ao mercado internacional, facilitado pela doença da vaca louca na Europa, está claro a tentativa desses países em querer ligar o Brasil com a problema. O fato é que a Europa e Estados Unidos estão temendo ficar fora desse mercado milionário, enquanto Brasil e Argentina podem avançar, disse o criador.