A condução do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) não apresenta indícios de irregularidades no Paraná. A afirmação é do gerente de Agronegócios da Superintendência do Banco do Brasil no Paraná, Josemar Horst, após o secretário da Agricultura Familiar, Nélson Borges, afirmar que poderá determinar auditorias nos Pronafs de todos os estados.

A investigação nos Pronafs estaduais pode ser deflagrada após o Ministério do Desenvolvimento Agrário ter detectado a possibilidade de desvios de R$ 2,8 milhões nas operações de créditos em Pernambuco. Por conta desse episódio, o ministéro já determinou o monitoramento das operações do programa nos estados de Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rondônia.

Aqui no Paraná o programa é permanentemente fiscalizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep) e Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que denunciam toda vez que o dinheiro atrasa e não chega às mãos dos produtores, informou Horst. O BB é encarregado de liberar o financiamento do Pronaf, desde receba uma declaração de aptidão assinada por duas entidades, no caso os sindicatos rurais e a Emater-PR. O BB entrega o dinheiro diretamente ao produtor, que tem que ser devidamente identificado.

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Para Horst se houvesse desvios no Paraná certamente os produtores denunciariam no momento que fossem pressionados pelo banco a pagar a conta, como ocorreu em Pernambuco. Aqui o programa é conduzido com sucesso e apresenta uma das taxas de inadimplência mais baixas do País, o que significa que o produtor está pagando o financiamento que está contratando no banco. Na safra passada foram feitas cerca de 76 mil operações do Pronaf e a taxa de inadimplência ficou em apenas 0,5%.