A criação do Circuito Italiano de Turismo Rural no município de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, já está rendendo divisas à economia da cidade. O circuito foi criado em fevereiro de 1999 como alternativa de renda para as famílias que vivem no meio rural. Hoje, já são 32 pontos de visitas incluindo igrejas, propriedades pesque e pague, hospedagens, agroindústria artesanal, vinícolas, propriedades com produtos orgânicos, flores e outros.
Atualmente já circulam de 600 a mil pessoas por final de semana no Circuito de Turismo Rural, informou Lizabeti de Fátima Fracaro, extensionista da Emater-PR. Com isso, cada propriedade está incrementando em até 30% as vendas de produtos artesanais. O Circuito Italiano de Turismo Rural em Colombo foi criado em função da parceria entre Emater, Secretaria da Agricultura e Prefeitura do município.
Ontem Colombo recebeu a visita de produtores e técnicos da região Norte do estado, que estão participando do Fórum de Desenvolvimento Rural no Paraná, que está sendo realizado na Praia de Leste. Os produtores foram conhecer as iniciativas empreendedoras do município. A idéia é implantar projetos semelhantes na região de Londrina, que já conta com recantos naturais e culinária típica que pode ser explorada, disse o técnico da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Valmor Venturini.
Leia mais:
IDR Paraná e parceiros realizam Show Rural Agroecológico de Inverno
Quebra de safra obriga Santo Antônio da Platina a cancelar Festa do Milho
Paraná: queda no preço de painel solar estimula energia renovável no campo
AgroBIT Brasil 2022 traz amanhã soluções tecnológicas para o agronegócio
A projeção do Circuito de Turismo Italiano está atraindo visitantes de São Paulo, Santa Catarina, Paraguai, Holanda e Itália. A preocupação agora é restringir esse crescimento, para que ele ocorra de forma harmônica, afirmou Lizabeti. Segundo ela, as propriedades são pequenas e não têm muita infra-estrutura para recebimento de grandes grupos. O público que interessa aos criadores do projeto são aqueles que vão de carro no final de semana, que podem circular entre as propriedades e acabam comprando artigos da produção local como conservas, vinhos, doces e outros.
O produtor Dirceu Rausis Camargo está entusiasmado com o projeto. Desde que transformou sua propriedade rural em cantina vinícola e abriu para visitação pública não sabe mais o que é encalhe da produção. Camargo produz vinho na propriedade e tem uma produção anual de 18 mil litros de vinho. Para isso consome cerca de 14 toneladas de uva por ano, sendo uma pequena parte cultivada na propriedade. O restante, compra de produtores da região e também do Rio Grande do Sul. Para o final de ano, já tem encomendas para entrega de 1,5 mil garrafas.
O produtor está adequando a produção conforme a demanda exigida pelo consumidor. Reduziu a produção de vinho em garrafão, que agrada apenas aos mais velhos, para ampliar a oferta de vinhos em garrafa, devidamente rotulada e padronizada.