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UFPR não tem acesso aos exames das ovelhas

Vânia Casado - Folha do Paraná
25 jan 2001 às 10:07

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O Ministério da Agricultura negou o acesso do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aos exames laboratoriais do material recolhido das ovelhas sacrificadas na terça-feira, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. A informação é do diretor do Hospital Veterinário, Marcus Vinicius Ferrari, que estava preparado para fazer pelo menos parte dos exames aqui em Curitiba. Segundo ele, o material recolhido do cérebro das 75 ovelhas sacrificadas foi encaminhado para exame.

Segundo Ferrari, o Ministério alegou que o laboratório da UFPR não era credenciado para fazer os exames sobre a doença "scrapie". Por isso, os cérebros dos animais foram enviados para o laboratório da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que é o órgão credenciado do Ministério para examinar a doença.

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Ferrari argumentou que o laboratório da UFPR está totalmente equipado para fazer as análises necessárias e informou que esta semana mesmo está providenciando o credenciamento da instituição junto ao Ministério da Agricultura. Ferrari disse que além de diretor do Hospital Veterinário é professor de clínica médica de ruminantes, e por isso tem o maior interesse científico em pesquisar a doença, que ocorreu aqui no Paraná.

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"Sentimo-nos no dever de dar uma resposta ao público que procurou a universidade para pedir esclarecimentos sobre a doença", afirmou. O volume de pessoas, entre público em geral e por parte de alunos e professores, procurando por informações sobre a doença junto à universidade chegou a surpreender, acrescentou.

Para Ferrari, a UFPR só poderá acompanhar os exames que serão realizados no Rio Grande do Sul se o Ministério da Agricultura der permissão. Ferrari defendeu a união de todos os órgãos de pesquisa e entidades envolvidas no episódio da doença "scrapie" para que seja realizado um amplo fórum de discussão da doença. Para ele, o Ministério da Agricultura seguiu até agora as normas do protocolo internacional da Organização Internacional de Epizootias (OIE) que pode e deve ser discutida com a comunidade científica.


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