Às vésperas da provável mudança de comando no Banco Central (BC), o sistema de metas de inflação vive o seu momento mais difícil, segundo seus dois principais operadores: o presidente do BC, Armínio Fraga, e o diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn.
Em recente artigo, publicado no jornal ''Valor Econômico'', Fraga e Goldfajn notaram que as expectativas de inflação do mercado, para os 12 meses à frente, permaneceram dentro do intervalo entre o piso e o teto da meta fixada pelo BC durante praticamente todo o período de funcionamento do sistema, implantado em meados de 1999.
Nos últimos meses, porém, as expectativas de inflação dispararam, e ultrapassaram um pouco o teto da meta para os próximos 12 meses. Não é gratuito o fato de Goldfajn e Fraga usarem a trajetória da expectativa inflacionária, e não da inflação propriamente dita, para avaliar a eficácia do sistema de metas desde que foi implantado. Em princípio, pode até parecer uma forma de disfarçar o fato, muito criticado, de que a inflação estourou o teto da meta em 2001, vai estourar de novo este ano, e possivelmente também estourará em 2003.
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