O superávit primário (receita menos despesa, sem considerar juros) no mes de abril apresentou o melhor resultado desde o início da divulgação da série, em 1991.
Relatório divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central sobre a Política Fiscal do mês de abril revela que o superávit foi de R$ 16,335 bilhões- 33% a mais do que em março, R$ 12,258 bilhões, e que já fora considerado muito bom pelo governo.
O resultado de abril foi elevado basicamente pelo comportamento das contas da União, que contribuiu com saldo de R$ 14,308 bilhões, enquanto estados e municípios registraram R$ 1,808 bilhão e as empresas estatais tiveram R$ 219 milhões. Conforme explicou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o superávit acumulado nos quatro primeiros meses do ano subiu para R$ 44,012 bilhões, o que corresponde a 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
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Segundo Lopes, a posição é bastante confortável, levando-se em conta que a meta de superávit primário para o período era de R$ 35,8 bilhões, ou 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB - soma de todas as riquezas produzidas no país). Em relação ao fluxo acumulado nos últimos 12 meses, o superávit primário soma R$ 92,7 bilhões, ou 5% do PIB; acima, portanto, da meta de 4,25% para o superávit deste ano e de 2006.
De acordo com o documento do BC, os juros pagos em abril chegaram a R$ 13,3 bilhões – um volume alto, mais ainda assim menor que no mês anterior, quando foram pagos R$ 13,9 bilhões em juros. A maior cota, de R$ 8,9 bilhões refere-se a compromissos do governo federal, enquanto governos regionais arcaram com R$ 4,5 bilhões em juros e as empresas estatais, ao contrário, incorporaram receitas de R$ 72 milhões.
Informações da ABr