Os 180 metalúrgicos da Bernard Krone, empresa da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), realizam hoje de manhã uma assembléia para decidir o encaminhamento das negociações com a direção da empresa. A fábrica, que produz carrocerias para caminhões, está fechada desde quarta-feira da semana passada, depois que foi decretada sua falência.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Pedro Celso Rosa, que está acompanhando o caso, a fábrica tem saúde financeira e o pedido de falência foi precipitado. ''A empresa tem clientes, pode produzir, só está sem capital de giro para comprar matéria-prima, por causa das dívidas com os fornecedores'', disse. Ninguém da empresa foi localizado pela reportagem para falar sobre o assunto.
Uma das possibilidades que vai ser debatida na assembléia de hoje é de que os funcionários assumam o controle da fábrica, informou Rosa. ''Eles não deram nenhuma posição. A diretoria da empresa iria nos telefonar hoje (ontem), mas não deram nenhum retorno'', relatou. Para ele, os funcionários têm capacidade para gerenciar o negócio.
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Rosa disse que a Krone estava negociando com os fornecedores para que eles aceitassem um terreno que a empresa tem no CIC, avaliado em mais de R$ 6 milhões. ''Com isso daria para cobrir os débitos com os fornecedores'', disse. Segundo ele, a decisão da falência foi motivada por razões políticas.
De acordo com informações do sindicato, diretores da empresa iam se encontrar com integrantes do governo para tentar rever a situação. A assessoria de imprensa do governo do Estado não confirmou se houve o encontro nem se foi tomada alguma atitude para auxiliar a Krone. ''Esperamos que o governador, que tanto fala em manter empregos consiga manter a Krone'', disse o segundo-vice presidente do sindicato, Nelson de Souza. Ele disse que os funcionários podem fazer manifestações para sensibilizar o governo estadual.