Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Vale-refeição vira moeda corrente

Vânia Casado - Folha do Paraná
17 jul 2001 às 12:22

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O tíquete-refeição, criado pelo governo federal para alimentação do trabalhador, virou moeda corrente no comércio. Com a crise financeira que atinge o bolso do trabalhador, os tíquetes valem dinheiro à vista. Com ele, pode-se comprar alimentação, roupas, jornais, remédios, presentes, bijouterias.

Paralelamente a esse comércio, criou-se um outro ramo de negócios que tem o "tiqueteiro" como trabalhador, ou seja a pessoa que compra o tíquete dos comerciantes e depois recebem das empresas de vale-refeição. Na verdade essas pessoas funcionam como um instrumento de "factoring", porque compram o tíquete com um ágio, antecipam o pagamento à vista para o comerciante e depois aguardam o prazo para receber das empresas fornecedoras dos vales.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Os restaurantes, lanchonetes e supermercados cadastrados nas empresas de vale-refeição ou alimentação têm uma data para entregar os vales e, a partir disso, recebem num prazo de 20 a 25 dias. Além disso pagam ágio que varia de 5% a 8% às empresas. Dependendo da data da operação, o comerciante leva quase 60 dias para receber. Para evitar esse prazo, os tiqueteiros compram os vales, com desconto médio de 10% e antecipam o pagamento à vista.

Leia mais:

Imagem de destaque
Entenda

Uber defende no STF que não há vínculo de emprego com motoristas

Imagem de destaque
90 anos

Da tradição do café ao cinema: os ciclos da economia de Londrina

Imagem de destaque
Lote 3

Concessão de rodovias no Paraná recebe quatro propostas; leilão nesta quinta

Imagem de destaque
90 anos

Confira o funcionamento do comércio de rua e shoppings durante o aniversário de Londrina


De acordo com um comerciante que não quis se identificar, esse negócio passou a ser controlado por aposentados ou por pessoas que têm uma poupança para investir. Se o dinheiro fica na poupança, o rendimento médio é de 0,60%, e na troca de tíquetes é possível ganhar entre 2,5% e 3%. Essa operação também envolve risco, porque há muitos vales roubados e, neste caso, as empresas fornecedoras não pagam.


Por outro lado, há um outro segmento de intermediários que compra os tíquetes diretamente do trabalhador. Ou seja, os intermediários adquirem o bloco de vale-refeição ou alimentação direto do trabalhador com ágio que varia de 12% a 15%. Nesse caso o ágio é maior, porque esses intermediários sabem que os trabalhadores precisam do dinheiro, muitas vezes para pagar contas.

Nas ruas centrais de Curitiba, o pequeno comércio tem no vale-refeição e vale-transporte, a moeda corrente. O comerciante que vende bijouterias, José Noel Neves Chagas, aceita vale-refeição sem nenhum desconto. Ele troca esses papéis por alimentação no supermercado perto de sua casa, também sem nenhum desconto.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo