Os materiais fabricados por setores oligopolizados tiveram peso considerável na disparada dos preços dos custos da construção no ano passado. O vidro, cuja produção é dividida entre apenas duas empresas, registrou em 2002 o maior aumento entre os insumos de construção pesquisados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).
O preço do vidro liso transparente 4mm subiu 44,26% em 2002 – quase o dobro da inflação do mesmo período - de 25,31%, segundo o IGP-M. Em média, os preços dos materiais de construção subiram 16,26% em 2002 – alta recorde desde 1995.
Em seguida vieram o óleo diesel, com alta de 44,05%, e o vidro liso transparente 3mm, com 36,33%. Em quarto lugar está a tinta a óleo para interiores, cujo preço se elevou em 36,25%. Pelo segundo ano consecutivo, aço e cimento estiveram entre os maiores aumentos dos materiais de construção.
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O preço do aço, que tem 85% do mercado controlado por três empresas, subiu 35,24%. Já o cimento, fabricado por nove grupos, teve seu preço elevado em 29,81%. Mesmo em dezembro, quando a alta de preços sofreu desaceleração, aço e cimento mantiveram o ritmo, com aumentos de 5,19% e 3,54% no mês. Outro material que encareceu significativamente em 2002 foi o tubo de ferro galvanizado para água, com alta de 32,02%.