A fábrica da Volkswagem/Audi, em São José dos Pinhais, vai deixar de produzir 4.050 carros durante as férias coletivas de dez dias, que começam nesta segunda-feira, dia 25, e vai até o dia 4 de julho. A medida, que deverá atingir 2 mil funcionários do setor produtivo, visa a redução do consumo de energia elétrica. Os funcionários da administração não entram em férias coletivas.
A empresa justificou que precisa contribuir com o esforço de economizar energia elétrica junto com as demais fábricas do grupo Volks localizadas na Região Sudeste. Apesar de a Volks/Audi estar localizada num Estado não atingido pela ameaça do apagão, a fábrica paranaense está incluída no esforço global da Volks de economizar 15% de energia elétrica.
Com as férias coletivas, a Audi/Volks espera reduzir o consumo de energia na fábrica de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, entre 8% e 12%.
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De acordo com Claudio Gramm, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, essa paralisação não deverá comprometer a meta de produção da empresa para este ano, que é de 105 mil carros. Isso porque a empresa seguiu as demais montadoras do País, que aceleraram a produção no mês de maio, para enfrentar o apagão a partir de junho. Os pátios estão lotados de carros que não foram escoados devido ao excesso de produção do mês passado, explicou Gramm.
Outra justificativa para as férias coletivas, segundo Gramm, é que a empresa aproveita esse período de paralisação para fazer as adaptações na linha de montagem para a fabricação dos modelos 2002, que serão lançados a partir de outubro. Quando os trabalhadores retornarem à fábrica no dia 4, já vão montar os carros da linha 2002, disse o sindicalista.
Lucros - Os funcionários não revelaram preocupação com as férias coletivas, porque a empresa apresentou uma proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nos mesmos moldes da Renault. A proposta foi aceita por 95% dos participantes de assembléia realizada no pátio da montadora.
Com isso, a partir do próximo dia 29, os funcionários recebem a primeira parcela do PLR no valor de R$ 1 mil. Outra parcela de R$ 1 mil deverá ser paga no final do ano, quando a empresa atingir a produção de 105 mil veículos. Não está descartado um adicional ao PLR, se a meta for ultrapassada, disse Gramm.