A rotina universitária em Dracena, na Alta Paulista, cerca de 270 quilômetros de Londrina, nunca esteve nos planos de Marlon Henrique de Lima Barrantes, do 2º ano do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina.
Em 2018, ele desembarcou no Norte do Paraná, fez cursinho preparatório e, em 2019, celebrou seu ingresso no ensino superior público e gratuito. Tudo corria bem até março do ano passado, quando a Terra parou por causa de um tal coronavírus. Sem condições de ingressar num estágio e custear parte de suas despesas na cidade, Barrantes retornou ao interior paulista. Deixou a república que dividia com outro dracenense, o transporte coletivo que usava todos os dias, as festas universitárias, os pedidos de refeição nos aplicativos de entrega e as eventuais idas a restaurantes.
Leia mais:
Fórum Desenvolve Londrina lança Manual de Indicadores 2024
Anfavea projeta aumento de 5,6% nas vendas de veículos em 2025
Veja calendário de pagamento do abono do PIS/Pasep 2025 proposto pelo governo federal
Bancos restringem oferta de empréstimo consignado do INSS
A história de Marlon foi multiplicada milhares de vezes no contexto de uma economia dependente da permanência e do modo de vida de estudantes universitários. Em 2020 e 2021, muitos setores sentiram a falta destes jovens e agora vivem uma expectativa de recuperação forte em 2022.
Nas últimas semanas, o anúncio de que estudantes e professores da Universidade Estadual de Londrina voltarão necessariamente às salas de aula no próximo dia 24 de janeiro foi o suficiente para dar um choque de confiança em muitas empresas.
“A estimativa é que haja entre 40 mil e 50 mil estudantes de ensino superior em Londrina e uma parcela deles deixou a cidade neste período, afetando especialmente o transporte coletivo, o setor de alimentação, a movimentação dos bares, o aluguel de chácaras para festas”, explica o consultor da ACIL e colunista da Folha, Marcos Rambalducci.
Continue lendo na FOLHA