Os funcionários da Volvo vão decidir em uma assembléia hoje às 17 horas se aceitam os termos do acordo feito ontem entre o Sindicato de Metalúrgicos da Grande Curitiba com a diretoria da montadora. Entre as propostas discutidas ontem, há a garantia de pelo menos três meses de salário para todos os funcionários. Também foi proposto que o banco de horas a ser adotado pela montadora não vai exigir o pagamento de horas negativas, e se isso for preciso, será discutido em uma nova reunião. As negociações foram mediadas pela Delegacia Regional do Trabalho.
Para o segundo vice-presidente do Sindicato, Nelson Silva de Souza, o resultado da reunião de ontem foi razoável. "Conseguimos avançar um pouco nas negociações. Não era o que gostaríamos, mas como o momento é difícil, temos que minimizar os impactos", relatou Souza. Ele contou que o acordo de ontem prevê que, nos próximos dois meses, a montadora não poderá dar aviso prévio para nenhum funcionário, o que garante pelo menos três meses de salário.
Os desligamentos de trabalhadores que ocorrerem após esse período serão feitas pelo Plano de Demissão Indicada (PDI). Nesse programa, a Volvo oferece meio salário mínimo por ano trabalhado e manutenção do plano de saúde por três meses. Além disso, para as pessoas que estão na empresa há mais de cinco anos, será concedido mais um salário mínimo e meio e aos funcionários que já tem dez anos de serviço, dois salários a mais.
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O sindicato não conseguiu que a empresa desse garantia de emprego condicionada com a adoção do banco de horas. A empresa já haiva dito que atualmente não há condições para isso. Nas duas últimas semanas, a Volvo demitiu 60 funcionários do setor de produção de cabines para caminhões, alegando o fim das exportações desse produto, e cerca de 40 trabalhadores da área administrativa, dizendo que era para otimizar o trabalho em alguns departamentos que podiam sofrer cortes.