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Morte em concurso pode ter sido causada por medicamentos

12 jan 2010 às 08:34

A necrópsia realizada no corpo do educador físico, Ricardo Brasil Cândido, não revelou a causa da morte. O corpo foi periciado no início da tarde desta segunda-feira (11), no Instituto Médico de Londrina (IML).

Algumas hipóteses foram levantadas - problema patológico, insuficiência hepática ou reação a medicamento. Materiais do corpo do educador foram coletados e encaminhados para análise laboratorial, em Curitiba. "Ele apresentou uma pequena inconsistência no pulmão. Nosso médico coletou fragmentos do coração, rim, pulmão e fígado. Tudo será remetido para exame anatopatológico. Também foi pedido exame toxicológico (sangue e urina), além de conteúdo estomacal", explicou o coordenador do IML, Fernando Piccinin.


Os resultados serão divulgados em 20 dias. "Desse resultado, nosso médico vai definir se a causa morto é natural ou derivado de algum tipo de medicação. Tudo será encaminhado ao delegado para apurar o caso", disse.


A Polícia Civil ainda não abriu inquérito para apurar o caso. "Vamos aguardar a conclusão do laudo cadavérico", avaliou o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Sérgio Barroso.


O Secretário de Defesa Social de Londrina, Benjamin Zanlorenci Junior, lamentou o ocorrido e confirma a continuidade do concurso. "Entristece a todos, mas temos que seguir com o concurso. As provas irão continuar. Estamos elaborando edital para chamar 180 candidatos tendo em vista o mau tempo de sábado", explicou.


O organizador do concurso (Iprocade) não considera nenhum erro nos procedimentos adotados. Os serviços médicos eram feitos por auxiliar de enfermagem. "As condições climáticas favoreciam o teste. A ambulância básica é o preconizado por esses tipos de concurso e o candidato apresentou exames clínicos e assinados pelo cardiologista clínico, José Alberto Silva (CRMPR 8582)", disse o coordenador do Iprocade, Rafael Telles.

"Fica um ponto de interrogação. Pela experiência que eu tenho, esse tipo de caso é como achar uma agulha no palheiro, um em um milhão. Não posso afirmar se (a causa da morte) foi esforço físico ou substância tóxica. Fica um ponto de interrogação", avaliou o auxiliar de enfermagem, André Bento, quem atendeu a ocorrência.


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