Londrina registrou um índice geral de 0,1% de presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, no Levantamento de Índice Rápido do Aedes (Lira), realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, entre os dias 3 e 6 de setembro.
Para a verificação do resultado, divulgado nesta segunda-feira, foram visitados 8.144 imóveis, 5% do total da cidade, pelos agentes de controle de endemias, que encontraram 11 focos do mosquito.
É o terceiro levantamento do ano e o resultado é o menor índice da história da cidade, além de ser menor do que o índice preconizado como tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de 1%. É uma redução de 50% em relação ao segundo Lira, realizado em julho, que registrou 0,2%. No primeiro levantamento do ano, realizado em abril, o índice foi de 1,1%.
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O levantamento expressa que o principal tipo de criadouro encontrado, com 45,5%, foram os vasos de planta. Na seqüência, com 36% foram lixos como garrafas, plásticos, latas e sucatas, em fundos de quintais. A terceira maior incidência foi caixa d’agua e tambor de água, com 18%.
"O resultado dos últimos Liras têm demonstrado que alternam na primeira colocação vasos de planta e lixo em quintal. Isto demonstra que o criadouro está na casa das pessoas que têm responsabilidade em cuidar e manter limpo", analisou o diretor de Saúde Ambiental, Maurício Barros. Para ele, este tipo de criadouro é mais fácil de eliminar o que motiva mais ações de conscientização.
Para a realização do Lira, a Saúde dividiu a cidade em 18 extratos, cada um com um total de 8 a 12 mil imóveis, de onde foram vistoriados, aproximadamente, 430. Do total de extratos, em metade (nove), não foi encontrado nenhum foco. Em sete extratos, o resultado foi de 0,2%. O extrato que apresentou a maior quantidade de focos, foi o extrato 7, que compreende os jardins Santiago 2, Petrobrás, Nova Olinda, Coliseu, Santo André e Imagawa, na região oeste, com 0,5%. Em segundo lugar, ficou o extrato 10, cuja área compreende os conjuntos Violin, Maria Cecília, residencial Catuaí, Heimtal, jardins Belém, Planalto e Marieta, na região norte, com 0,4%.
Na avaliação de Barros, o resultado foi muito bom e demonstrou que o baixo índice é conseqüência do trabalho diário da Prefeitura de Londrina aliado à participação e ao envolvimento da comunidade. "Nossas ações, que não pararam uma só vez este ano, estão contribuindo para a manutenção do número baixo do Lira. Porém o quadro é de muita atenção, em virtude do crescimento de dengue em todo o país, por isso a população precisa continuar fazendo a sua parte, não criando o mosquito em casa", alertou.
Conforme o balanço da Secretaria de Saúde, Londrina mantém o mesmo número de casos da semana passada, com 776, desde o início do ano, sendo 723 originados na própria cidade e 53 importados de outras regiões. Em relação às notificações de suspeita de dengue, ao todo, foram 3.404, sendo que, além dos casos confirmados, outras 2.425 foram descartadas e 203 continuam com exames em andamento.
Da Prefeitura de Londrina