Londrina

Comissão rejeita proibição de venda de bebidas alcoólicas em postos

11 set 2017 às 16:49

A Comissão de Justiça da Câmara Municipal de Londrina (CML) reprovou, na tarde desta segunda-feira (11), o projeto de lei que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas em postos de combustíveis, de Jairo Tamura (PR). Com a matéria rejeitada, o parlamentar tem 30 dias para apresentar recurso, que será analisado em plenário. Se a contestação for acatada, o texto segue tramitando nas comissões temáticas.

A reunião contou com a presença de donos de postos, de representantes do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Paraná (Sindicombustíeis) e de moradores do Jardim Higienópolis, bairro paralelo à Avenida Higienópolis, no centro de Londrina, que apoiam o projeto de Tamura.


O presidente da Comissão de Justiça, Filipe Barros (PRB), elogiou a intenção do vereador do PR, mas apontou que o problema não seria solucionado. "O consumidor vai comprar a bebida de qualquer jeito. Se não tem no posto, ele vai no supermercado mais perto."


Tamura ponderou que "não quer prejudicar os empresários do ramo", mas citou que, no caso da Higienópolis, "a algazarra que invade a madrugada é motivada pelo consumo excessivo de álcool".


Tentando amenizar a discussão, o vereador Amauri Cardoso (PSDB) lembrou da intenção do prefeito Marcelo Belinati (PP) em proibir a ingestão de bebida em vias públicas. O líder do gestor na Câmara, Péricles Deliberador (PSC), confirmou que o assunto será incluído em um projeto do Executivo. A expectativa é que o texto seja enviado à Câmara até o início de outubro.


Segundo o diretor do Sindicombustíveis em Londrina, Cláudio Monaco, a restrição na venda atingiria diretamente a renda dos postos. "Em uma base de cinco funcionários por estabelecimento, teríamos 500 empregos a menos em Londrina. A proibição só gera mais desemprego e perda da arrecadação", apontou.


As críticas foram rebatidas por moradores do Jardim Higienópolis. "Nós protocolamos um documento com mais de mil assinaturas. Queremos ter o nosso direito ao descanso respeitado", avaliou Agmara de Cássia, residente há mais de 25 anos no bairro.

(Colaborou Guilherme Marconi)


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