O cardeal arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella Agnelo, defende que a Igreja Católica não pode limitar-se a assuntos religiosos e deve estar presente em todas as questões que envolvem o homem, mas é contra o envolvimento político e o apoio a candidatos. ""Não pode existir bispo alheio ao povo. Se não há sensibilidade ou comprometimento com as pessoas não estamos fazendo o nosso papel"" - afirma, acrescentando que a Igreja deve participar do diálogo com os governos, sem engajamento partidário.
Arcebispo de Londrina de 1983 a 1991, dom Geraldo está na cidade para ser homenageado pela nomeação a cardeal primaz do Brasil por ter assumido a arquidiocese de Salvador, a primeira do país e que está completando 450 anos. Ele é o presidente da comissão que elabora o anteprojeto do novo estatuto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que será discutido em julho na 39ª Assembléia Geral, em Itaici (SP).
Para dom Geraldo, o posicionamento dos bispos diante da realidade brasileira é um dos temas que deve ficar mais definido na proposta de reformulação do estatuto da CNBB. As mudanças, segundo o cardeal, atendem a um pedido do papa João Paulo II, expresso através da Carta Apostólica ""Apostolos Suos"", publicada em 1998. O estatuto em vigor é de 1972 e só sofreu algumas adaptações em 1984.
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Dom Geraldo está em Londrina desde terça-feira, a convite do arcebispo dom Albano Cavallin, e será homenageado às 17h30 deste domingo na Catedral Metropolitana. Depois, ele abençoa a capela reformada e às 18h30 celebra uma missa.
* Leia mais em reportagem de Célia Guerra na edição da Folha de Londrina/Folha do Paraná deste domingo