“O frio dói e não tem cor, nem modelo. Todas as doações são bem-vindas". A frase de Julia Barros, do Lar dos Vovôs e das Vovós, resume a realidade de quem convive diariamente com crianças, idosos e pessoas em situação de rua nas instituições assistenciais de Londrina. São entidades que encaram a chegada do frio sempre com muita preocupação, pois pela experiência dos serviços prestados há anos afirmam que as doações tendem a cair neste período, enquanto que as necessidades básicas aumentam e muito.
De acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), esta semana será marcada por um forte resfriamento de todas as regiões paranaenses. Em Londrina, a previsão para a terça-feira (17) será de mínima de 4ºC e máxima de 15ºC (com previsão de geada). Na quarta-feira a temperatura mínima será de 6ºC e a máxima será de 12ºC.
A FOLHA conversou com algumas instituições assistenciais e todas estão precisando com urgência de fraldas descartáveis, cobertores e meias. No Lar dos Vovôs e das Vovós, na região central, são atendidos 62 idosos, sendo que a maioria (34) são homens. Barros, que é conselheira administrativa na entidade, comenta que até o momento receberam poucas doações e que esperam contar com a solidariedade de todos. “Temos mais urgência com roupas e meias masculinas, assim como cobertores. Mas tudo o que se usa em casa é útil para nós. Precisamos sempre de alimentos como bolachas e leite, sabonetes líquidos e fraldas nos tamanhos M e G”, diz.
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No Asilo São Vicente de Paulo, que completará 62 anos de acolhimento a idosos encaminhados pela secretaria municipal do Idoso, as doações diminuíram neste período pós-pandemia, de acordo com a Irmã Neusa Aparecida da Silva, coordenadora do asilo. “Estamos com poucas fraldas geriátricas G e GG e leite integral, pois nosso consumo diário é de 500 fraldas e 25 litros de leite. Também recebemos com muita gratidão quem puder nos doar alimentos não perecíveis, verduras e frutas”, afirma.
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