O ex-delegado da Receita Estadual, Márcio de Albuquerque Lima, esteve na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta segunda-feira (4) para prestar depoimento. Por volta das 9h40, ele chegou algemado nos pés e mãos e uma blusa para esconder o rosto.
Lima se manteve calado apesar de todos os questionamentos. O advogado dele, Douglas Maranhão, afirmou que seu cliente falará apenas em juízo. Às 11h30, ele foi levado de volta à unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), onde permanece preso.
O delegado do Gaeco, Alan Flore, disse que o silêncio era um atitude esperada, já que outros auditores tiveram a mesma postura em ocasiões anteriores. Ainda segundo ele, a falta de informações do ex-inspetor pode gerar atrasos nas investigações. "Obviamente, o depoimento poderia trazer uma situação vantajosa. Assim, não nos resta outra saída a não ser proceder com as diligências para elucidar o caso".
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O companheiro do governador Beto Richa (PSDB) em corridas de automobilismo se entregou na última quarta-feira, 29 de abril. Ele estava foragido desde o dia 20 de março. Na operação Publicano, que investiga o pagamento de propina a auditores estaduais em Londrina, Lima é considerado o grande 'cabeça' do esquema. Mais de 60 pessoas já foram denunciadas ao Ministério Público, entre elas, 15 auditores da Receita Estadual.
A esposa dele, a auditora fiscal Ana Paula Pelizari Marques Lima, também investigada pelo Gaeco, segue foragida.
(Atualizada às 12h10)