Quando lê o jornal, à espera do barbeiro, outra pista, quem sabe a definitiva. A cidade que escolheu para viver há meio século está soprando velinhas, aliás a mesma infinidade de velinhas. (''Tão distraído com datas! Que cabeça é essa! Faz desaparecer apreço por ele, apreço pela cidade!).
A conexão entre sua fixação e o fato estampado na primeira página faz sentido. Será? Ele senta-se na praça. Não quer jogar damas. Objetivo único: mergulhar no plano mais profundo de seu pensamento, resgatar esta imagem, aplacar esta angústia, entender o turbilhão mental que o assolou.
O esforço surte efeito. O velho rosto sorri. Começa um doce transe. Qual um projetor, sua mente amplia fotogramas. Na tela imaginária, retratos. Retratos em close, na verdade. Rostos que ele viu um dia, de alguma maneira marcantes, porém, apenas rostos, sem nome ou personalidade conhecidos.
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Rostos que passaram em sua vida e que hoje ele milagrosamente recuperou. O álbum de expressões é identificado como um banco visual, a história inconsciente de seu habitat.
Leia a matéria completa na edição desta quarta da Folha de Londrina