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Ladrões usam bomba para assaltar joalheria

Da Redação - Folha de Londrina
04 set 2001 às 17:28

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Numa operação ousada, três homens armados roubaram hoje (04/09) uma grande quantidade de jóias e relógios da joalheria Bergerson, no Calçadão de Londrina. Para praticar o assalto, os ladrões seqüestraram a família do sub-gerente da loja, Antonio Roberto Torres, e amarraram uma bomba caseira à cintura da gerente Ivete Alves Martins, enquanto permaneciam na joalheria. A Bergerson e a Polícia não revelaram o valor dos objetos roubados.
A ação dos assaltantes começou por volta das 19 horas de segunda-feira. Quando Torres entrava na garagem de sua casa, na rua Jaú, 333, Jardim Caravelle, foi rendido por um homem que anunciou o assalto. Torres, a esposa Rosimeire e uma filha de 11 anos ficaram na casa até as 22h30 e depois foram transferidos para uma chácara na rua José Penhasco, 110, na Bratislava, em Cambé.
Por volta das 8h15 de ontem, dois assaltantes acompanharam o funcionário até a rua Professor João Cândido (centro da cidade), onde abordaram Ivete, que caminhava em direção à joalheria, na avenida Paraná (calçadão). Em seguida, os dois funcionários foram obrigados a entrar na caminhonete Blazer de Torres e dentro do veículo os ladrões amarraram uma bomba caseira ao corpo de Ivete, enquanto rodavam pelas redondezas.
Dentro da loja, Ivete foi orientada a abrir o cofre e encher as sacolas com jóias e relógios. Os ladrões não usavam máscaras nem luvas e por isso fizeram questão de levar com eles as fitas da câmera de segurança da joalheria. Segundo o delegado Márcio Vinícius Ferreira Amaro, a dupla também tomou o cuidado de apagar todas as impressões digitais que deixaram na casa do sub-gerente. 'Foi um crime planejado nos mínimos detalhes, realizado com muita tranqüilidade, na maior discrição', comentou o delegado.
O roubo não durou mais do que meia hora, mas a Polícia de Londrina só foi acionada duas horas depois da ação dos assaltantes. Nesse meio tempo eles libertaram Rosimeire e a filha no Jardim Silvino, em Cambé, que só ligaram para Torres 40 minutos depois.

* Leia mais em reportagem de Betânia Rodrigues na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta quarta-feira

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